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🚨 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: O QUE VOCÊ PRECISA SABER

  • alanbarrosogineco
  • 20 de jul.
  • 4 min de leitura
🤔 O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?
🤔 O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?

A violência obstétrica é qualquer ato ou conduta que cause dor, sofrimento físico ou psicológico desnecessário à mulher durante o pré-natal, parto, pós-parto ou abortamento. Infelizmente, ainda é uma realidade que precisa ser combatida.

Como ginecologista obstetra, acredito que toda mulher tem direito a um atendimento respeitoso, humanizado e baseado em evidências científicas.

⚠️ PRINCIPAIS TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

🩺 VIOLÊNCIA FÍSICA

Procedimentos desnecessários sem consentimento ❌ Episiotomia de rotina (corte no períneo) ❌ Manobra de Kristeller (pressão no abdome) ❌ Exames de toque excessivos ou agressivos ❌ Uso inadequado de medicamentos

💬 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

Comentários humilhantes ou discriminatórios ❌ Gritos e ameaças durante o atendimento ❌ Culpabilização da mulher por complicações ❌ Negação de informações sobre seu estado ❌ Desrespeito às escolhas da paciente

🚫 VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL

Negação de atendimento ou demora excessiva ❌ Falta de privacidade durante procedimentos ❌ Separação desnecessária entre mãe e bebê ❌ Proibição de acompanhante (direito garantido por lei) ❌ Peregrinação entre hospitais

📋 EXEMPLOS PRÁTICOS - RECONHEÇA OS SINAIS

Durante o Pré-Natal:

🔴 Médico que não explica exames ou procedimentos 🔴 Comentários sobre peso, idade ou escolhas pessoais 🔴 Pressão para cesárea sem indicação médica �� Negação de informações sobre a gravidez

Durante o Parto:

🔴 "Na hora de fazer não doeu, né?" 🔴 "Para de gritar, você está incomodando" 🔴 "Se não parar de se mexer, seu bebê vai morrer" 🔴 Impedir posições de parto confortáveis 🔴 Negar analgesia quando solicitada

Após o Parto:

🔴 Impedir amamentação na primeira hora 🔴 Separar mãe e bebê sem justificativa médica �� Não explicar procedimentos no recém-nascido 🔴 Pressionar para métodos contraceptivos

⚖️ SEUS DIREITOS DURANTE A GESTAÇÃO E PARTO

🤰 DIREITOS FUNDAMENTAIS:

Atendimento respeitoso e humanizado ✅ Informações claras sobre seu estado e procedimentos ✅ Consentimento informado para qualquer intervenção ✅ Presença de acompanhante de sua escolha ✅ Privacidade durante atendimento ✅ Alívio da dor quando possível e desejado ✅ Contato pele a pele com o bebê após nascimento ✅ Amamentação na primeira hora de vida

📜 LEIS QUE TE PROTEGEM:

  • Lei 11.108/2005: Direito a acompanhante

  • Lei 14.721/2023: Criminaliza violência obstétrica

  • Portaria 1.459/2011: Rede Cegonha

  • Resolução CFM 2.144/2016: Diretrizes para cesárea

🚨 SITUAÇÕES QUE CARACTERIZAM VIOLÊNCIA

❌ PROCEDIMENTOS DESNECESSÁRIOS:

  • Tricotomia (raspagem de pelos) obrigatória

  • Enema (lavagem intestinal) de rotina

  • Episiotomia sem indicação médica

  • Cesárea sem justificativa clínica

  • Jejum prolongado durante trabalho de parto

❌ FRASES VIOLENTAS COMUNS:

  • "Ano que vem você está aqui de novo"

  • "Não sabia que doía quando engravidou?"

  • "Para de frescura"

  • "Você não sabe fazer força"

  • "Se não colaborar, seu bebê vai morrer"

🛡️ COMO SE PROTEGER

📚 INFORMAÇÃO É PODER:

Conheça seus direitos e o processo do parto ✅ Elabore um plano de parto com suas preferências ✅ Escolha profissionais que respeitem suas decisões ✅ Participe de grupos de apoio e educação

📝 DOCUMENTAÇÃO:

Registre tudo por escrito quando possível ✅ Solicite relatórios médicos detalhados ✅ Mantenha testemunhas (acompanhante) ✅ Grave áudios se necessário (é legal)

📞 O QUE FAZER SE SOFRER VIOLÊNCIA

🚨 DURANTE O ATENDIMENTO:

  1. Exija explicações sobre procedimentos

  2. Solicite a presença do acompanhante

  3. Peça para falar com supervisor/chefia

  4. Documente nomes e horários

📋 APÓS O OCORRIDO:

  1. Registre Boletim de Ocorrência na delegacia

  2. Denuncie ao Conselho Regional de Medicina

  3. Procure a Ouvidoria do hospital

  4. Entre em contato com Ministério Público

  5. Busque apoio psicológico se necessário

📱 CANAIS DE DENÚNCIA:

  • Disque 180: Central de Atendimento à Mulher

  • Disque 136: Ouvidoria do SUS

  • CRM: Conselho Regional de Medicina

  • Defensoria Pública: Assistência jurídica gratuita

🤝 PARTO HUMANIZADO: COMO DEVE SER

🌟 CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO IDEAL:

Respeito às escolhas da mulher ✅ Informação clara sobre procedimentos ✅ Consentimento para intervenções ✅ Ambiente acolhedor e respeitoso ✅ Presença de acompanhanteLiberdade de movimento durante trabalho de parto ✅ Métodos não farmacológicos para alívio da dor ✅ Contato precoce mãe-bebê

💡 MITOS QUE FACILITAM A VIOLÊNCIA

❌ MITO: "Dor do parto é natural, tem que aguentar"

✅ VERDADE: Existem métodos seguros para alívio da dor

❌ MITO: "Médico sabe o que é melhor"

✅ VERDADE: Paciente tem direito de participar das decisões

❌ MITO: "Cesárea é mais segura"

✅ VERDADE: Parto normal é mais seguro quando possível

❌ MITO: "Episiotomia previne lacerações"

✅ VERDADE: Deve ser feita apenas quando necessária

🔍 SINAIS DE UM BOM PROFISSIONAL

✅ CARACTERÍSTICAS POSITIVAS:

  • Explica procedimentos antes de realizá-los

  • Respeita suas escolhas e preferências

  • Responde perguntas com paciência

  • Não faz julgamentos sobre sua vida pessoal

  • Baseia decisões em evidências científicas

  • Encoraja sua participação ativa

  • Demonstra empatia e compreensão

📚 PREPARE-SE PARA UMA EXPERIÊNCIA POSITIVA

🎯 DICAS IMPORTANTES:

  1. Escolha bem sua equipe médica

  2. Converse abertamente sobre suas expectativas

  3. Elabore um plano de parto realista

  4. Informe-se sobre o processo

  5. Tenha um acompanhante preparado

  6. Confie em seus instintos

💙 MENSAGEM DO SEU MÉDICO

Como profissional da saúde, tenho o compromisso de garantir que cada mulher receba um atendimento respeitoso, seguro e humanizado.

Lembre-se: você tem voz e direitos. Não hesite em questionar, pedir explicações ou expressar suas preferências. Uma boa relação médico-paciente é baseada em respeito mútuo e comunicação aberta.

Juntos, podemos construir uma experiência de parto positiva e segura para você e seu bebê.

🆘 PRECISA DE AJUDA?

Se você passou por alguma situação de violência obstétrica ou tem dúvidas sobre seus direitos, estou aqui para orientá-la.



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